quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Com o tema: "A ÉTICA E A CULTURA NA CONTEMPORANEIDADE: UMA CULTURA PARA A ÉTICA DA COEXISTÊNCIA", acontecerá nos dias 10 e 11 de novembro de 2009 o IV SEMINÁRIO TRANSDICIPLINAR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - UEFS. O evento realizar-se-á no Anfiteatro da UEFS, módulo 2. Inscrições (Participante/Comunicação) de 20 a 15 de setembro de 2009 pelo sítio eletrônico www.uefs.br/nit Realização: Núcleo de Investigações Transdiciplinares - NIT, Departamento de Educação - PROEX Apoio: FAPESB e Universidade Estadual de Feira de Santana

Geddel e João brigam na nova cena política

Carlos Lupi decide destino do PDT no governo Wagner nesta quarta
A saída do PMDB da base do governo Wagner e a necessidade de evitar o isolamento político provocaram atrito entre o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) e o prefeito de Salvador, João Henrique, segunda maior liderança do PMDB na Bahia. No último domingo, o ministro pleiteou mais duas secretarias no governo municipal, a fim de contemplar o ex-secretário estadual e peemedebista Batista Neves (Infraestrutura) e um outro quadro político que seria indicado pelo deputado federal Severiano Alves (PDT).
A movimentação de Geddel, que é candidato ao governo do Estado em 2010, seria uma forma de evitar a consolidação da aliança entre Wagner e o PDT, que já tem duas secretarias na prefeitura e cuja adesão ao governo petista vem sendo negociada diretamente pele ministro do Trabalho Carlos Luppi, presidente nacional da legenda.
O fato teria sido relatado pelo próprio João ao governador Jaques Wagner (PT), em encontro realizado na segunda-feira, 17, na Governadoria, onde o peemedebista foi tratar de assuntos administrativos, como o Canal do Imbuí e o novo sistema viário do projeto Copa 2014. Fonte qualificada confirmou que houve a discussão no PMDB sobre a ocupação de mais espaço para o PDT.
Outra fonte, esta próxima do governador, informou a A TARDE detalhes da conversa de Wagner com o prefeito. Segundo a fonte, João teria revelado que Geddel justificou o pedido, temendo prejuízos no processo de cooptação de aliados à sua candidatura ao governo do Estado.
Plantação – Tanto o prefeito João Henrique quanto o ministro Geddel negaram, nesta terça, o episódio. “Isso é plantação do governo. Eu não pedi cargo nenhum, eu tenho o espaço do PMDB no governo municipal. Temos quatro secretarias. Quem está fazendo galinha gorda com cargos é o governador. Não tive desentendimento nenhum com o prefeito João Henrique”, retrucou o ministro da Integração.
Geddel ressaltou que o fato de um partido estar na base de João Henrique e ingressar no governo Wagner não é motivo para a não-permanência do mesmo na prefeitura. O ministro sabe que os acordos que o governador vem costurando estão atrelados à reeleição do petista em 2010. Mas minimiza: “Só os ingênuos para imaginar que o quadro de agosto de 2009 será igual ao de junho de 2010”, ressaltou.
Segundo a assessoria do prefeito, o assunto envolvendo cargos não foi tratado entre João Henrique e o ministro. De acordo com Geddel, o prefeito procurou o governador depois de conversarem sobre a pauta que seria tratada no encontro. Presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima fez coro às críticas do ministro sobre método do governo para a recomposição dos cargos deixados pelo partido no governo estadual. “O governo está com práticas fisiologistas tão horrorosas que parece que está podre”.
O secretário de Planejamento, Walter Pinheiro, um dos articuladores da recomposição, refutou a crítica de que os cargos estariam sendo preenchidos visando unicamente à reeleição de Wagner sem qualquer critério de competência. “Não é verdade. O governo tem feito o preenchimento dos cargos utilizando critérios. Tem avisado aos partidos para indicarem pessoas com condições efetivas de comandar as pastas. O governador tem dito claramente que quer gestores”.

Mercadante diz que deixará liderança do PT em twitter

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) anunciou hoje por meio de seu perfil do twitter que renunciará à liderança do PT no Senado em discurso na tarde de hoje da tribuna do plenário. O petista refutou a hipótese de alguns correligionários de que se manteria no posto mesmo após a sessão de ontem do Conselho de Ética da Casa, em que foram arquivadas as 11 ações movidas contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). "Eu subo hoje à tribuna para apresentar minha renúncia da liderança do PT em caráter irrevogável", sentenciou Mercadante. "Saio da liderança para disputar, junto à militância, a concepção do PT que eu acredito", completou. Mercadante ainda anunciou na rede de microblogs que o seu discurso deverá ser lido após às 15 horas, "em razão do prolongamento da sessão da manhã".A situação de Mercadante frente à bancada petista se tornou insustentável na tarde de ontem, em decorrência do encaminhamento que deu à bancada no Conselho de Ética. Avesso à ideia de arquivar todas as ações contra Sarney, o líder se recusou a ler nota do presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), que orientou a bancada a minar uma eventual abertura de processo contra o presidente da Casa. Mercadante ainda contrariou a orientação de Berzoini e disse que a posição de arquivar todas as ações contra Sarney não seria a melhor maneira de solucionar a crise política no Senado.O imbróglio entre o líder da bancada no Senado e outras lideranças do partido teve início quando Mercadante divulgou à imprensa, no começo de julho, uma nota em que a bancada petista na Casa se posicionava favorável ao licenciamento de Sarney do comando do Senado. Repreendido na época pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o líder petista retratou-se diante da imprensa e disse que a bancada do partido se alinhava ao discurso do Planalto.Duas semanas após a saia-justa, Mercadante voltou a pedir a licença de Sarney, em decorrência de novas denúncias de que o peemedebista teria intercedido pela contratação do namorado de sua neta no Senado. Diante a insistência de Mercadante, o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, desautorizou a posição do petista na Casa. "O que nós avaliamos é que isso não é um movimento do PT", disse.