terça-feira, 19 de maio de 2009

Geddel dá a largada para disputa de 2010


O ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) deu na segunda-feira, 18, a largada para sua provável candidatura ao governo da Bahia em 2010. Se o ministro cumprir a promessa que fez aos 95 prefeitos, 233 vereadores e a outras centenas de correligionários do PMDB presentes ao primeiro encontro regional do partido, realizado em Salvador, a decisão já está tomada: Geddel será candidato em oposição ao seu atual aliado, o governador Jaques Wagner.
“Eu vou para onde vocês disserem que eu devo ir”, prometeu o ministro de Lula, diante de uma base de peemedebistas que o pressionava por uma decisão. “A candidatura de Geddel hoje não pertence mais a ele, pertence à vontade do PMDB”, garantiu o presidente do PMDB de Vitória da Conquista, Geraldo Botelho.
Todos os discursos, das mais diversas lideranças, foram unânimes nas críticas árduas à gestão de Jaques Wagner e ao PT. Até de “tirano” o governador foi chamado por peemedebista descontente. Os prefeitos apontaram supostos “desmandos” da gestão, principalmente na falta de atenção à saúde, educação e segurança.
Para não dizer que não houve sequer um quadro que tenha adotado um discurso mais ameno, o vice-governador Edmundo Pereira aliviou o tom das críticas, por razões óbvias. Mas não deixou dúvidas quanto a sua disciplina: “Sou homem de partido, seja qual for a decisão”.

“Novo coronel” – Em discurso emocionado, o ministro Geddel fez questão de rebater os que o tacham de um “novo coronel”, que imitaria o estilo do ex-senador Antonio Carlos Magalhães, e acusam o PMDB de oportunista.

O ministro justificou a presença do PMDB nos cargos na gestão Wagner e, ao mesmo tempo, um suposto desapego a eles. “Favor? Favor de quem? Favor é do povo da Bahia que nos consagrou para governar e no seu nome que temos feito. Nunca ocupei posições ou cargos que não sejam embasados pelo voto popular”, enfatizou.

Geddel assegurou que o PMDB permanecerá unido e disse que aqueles que estão pensando em colocar lideranças como ele e o prefeito da capital, João Henrique, em campos opostos devem desistir da ideia. “Saibam que essa hipótese inexiste”.

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